Putas e Filhos da Puta



Cada dia se pensa mais. Cada dia vale menos a pena. Nada vale nada. É tudo oco, sem sentido algum (inclusive este texto de merda). O único objetivo de um ser humano sensato é a procura pelo caminho mais fácil de sua própria extinção. O sofrimento é inútil. Depois de refletir muito, o ser humano chegou à conclusão de que só existem dois tipos de pessoas: as putas e os filhos da puta. As mulheres: putas. Os homens: filhos da puta. É um ciclo interminável. Ele próprio se diz um filho da puta, já que só existem duas categorias. Todos simplificam o mundo, portanto ele acha-se no direito de também fazê-lo. Tudo fica mais fácil. Putas e filhos da puta. Extingue-se a compaixão por qualquer ser (inclusive ele mesmo). Putas e filhos da puta. Uma bela filosofia. Simples, direta e… verdadeira. Afinal, a verdade é só uma ideia, uma palavra. Putas e filhos da puta. Somos todos putas e filhos da puta. É ótimo, é cômodo. Taí, o ser humano convence-se. Taí, convicção, esta é a palavra. Não precisa estar certo (outra abstração), não precisa de racionalismo (outra forma de religião), só é necessária a convicção. Celebre-se a morte de um filho da puta. Celebre-se o nascimento de um filho da puta. Celebre-se a morte de uma puta. Celebre-se o nascimento de uma puta. Tudo vira um. Tudo um só. Não é o princípio do budismo? Um só. A puta nasce, gera, morre e reencarna. O filho da puta nasce, gera, morre e reencarna. Putas e filhos da puta. Putas e filhos das putas. Filhos de putas e putas. Filhos da puta e putas. Filhos das putas e putas. A puta e o filho da puta.

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