Mortal Kombat



Tava jogando Double Dragon, do Nintendinho. Adorava o Double Dragon, o jogo era muito bom, principalmente o primeiro, mas o filme era uma merda. Uma merda gigantesca, tão grande que dava pra encher o rio Tietê. Não entendia como poderiam ter feito uma cagada tão imensa, baseada em um jogo massa pra caralho. Mas era mais ou menos assim que as coisas eram. Os jogos eram bons; os filmes, ruins. Não se lembrava de nenhum filme bom baseado em jogos de videogame, nenhum! Era incrível. Devia ser uma maldição. Lembrou de Mortal Kombat, merda; Super Mario, merda; Street Fighter, merda! Todas as adaptações cinematográficas eram lixos astronômicos! Não entendia o porquê. Simplesmente não entendia. Por que Deus havia de ser cruel assim, destruindo o sonho de uma geração de crianças imbecis, destinadas a serem zé-bucetas para o resto de suas intermináveis vidas? Por quê? O filme do Mortal Kombat não tinha nem sangue! O jogo era uma sanguera total! Pra que enganar o sujeito desse jeito? Deixou uma carta, uma carta sem destinatário, na caixa de correio obsoleta: Me responda, Universo maldito! Quando eu morrer eu vou perguntar pra Deus o porquê de todas essas coisas e se ele não souber responder ou se ele zoar com a minha cara, eu não sei o que vou fazer, vou dar um safanão nele, tirar uma adaga da minha meia e enfiar no pescoço dele, ver o sangue jorrar! O sangue que eu não vi no filme do Mortal Kombat.
Ass: Zé Buceta.

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