A Morte do Punheteiro Viajante
Ficava dias e mais dias em viagens intermináveis. Conheceu todo o país. E um pouco da América do Sul. Mas o que gostava mais era das cidadezinhas. Ernesto Gomes Magalhães Pinto era de uma rica família tradicional paulista, uma típica quatrocentona. Seu tataravô era fazendeiro, dono de imensas plantações de café. A família tinha mansão na Avenida Paulista, prédio no Rio e o caralho a quatro. Resumindo, a fortuna não acabava nunca. Acontece que, Ernesto era um vagabundo. Nunca quis cuidar dos negócios da família e nunca quis fazer nada da vida. Gostava mesmo era de gastar a gigantesca herança que possuía. Tinha um hábito particular muito peculiar. Não era só um hábito, na verdade comandava sua vida e era o objetivo de sua existência. Amava viajar. Em ônibus ou trens. Andava pelo país inteiro. Já tinha estado em todas as cidades do estado de SP. Até em pequenas vilas e lugarejos. Sentia uma excitação tão grande no ato de viajar, que não conseguia segurar-se, precisava aliviar su