Dia de Compra



A atitude da balconista fez Petrônio perder a cabeça.

Ele estava olhando um produto na prateleira de uma loja.
Era um vaso de plástico. Feito para colocar flores.
Petrônio olhou o vaso por trinta e sete minutos.
A balconista, depois de todo esse tempo, disse: Ou compra ou não compra!
Petrônio teve um choque ao ouvir tal frase ao pé do seu ouvido. Seu corpo teve um tremelique. Soltou um peido. Freou levemente a cueca.
A balconista, sentada num banquinho almofadado, olhou para sua cara em convulsão.
Petrônio torcia o rosto em uma careta sanguinária. Babava um pouquinho e soltava ganidinhos intimidadores.
Ela foi logo ficando assustada: Está tudo bem com o senhor?
Petrônio deu três pulos bem altos. Apertou o saco com a mão esquerda e coçou a bunda bem forte com a mão direita, quase enterrando o dedo indicador no cu.
A mulher ficou ainda mais assustada. Perguntou: O senhor está tendo um ataque epilético?
Petrônio respondeu: Não! Estou ficando de pau duro e vou vomitar aqui no balcão.
A balconista tremeu.
Ao invés de vomitar no balcão, Petrônio saiu pulando da loja. Parou um táxi, entrou, tirou o pau pra fora da calça e começou a bater punheta.
O taxista ficou estupefato e, num acesso de cólera, pegou um frasco de spray de pimenta e despejou metade do seu conteúdo bem na cabeça do pau de Petrônio.
Petrônio começou a berrar e saltou do táxi ainda com o pau pra fora da calça. Balançando e ardendo como o inferno, seu pau estava roxo e lacrimoso.
Petrônio continuou pulando na calçada.
Um guarda o viu e disse: É bom jogar água nisso.
Petrônio respondeu: Anrã!
O guarda conduziu Petrônio (ainda com o pau pra fora da calça) para uma pracinha.
Abriu uma torneira perto do canteiro.
Petrônio deitou no chão e ficou com o pau embaixo da torneira.
O guarda falou: Satisfeito?
Petrônio, com um sorriso de alívio pairando em seu rosto, disse: Muito. Viver é uma delícia!
O guarda se agachou, beijou a testa de Petrônio, levantou-se e foi embora, feliz.

Petrônio continuou refestelado no chão. Chorando de prazer, com a água da torneira derramando-se em seu pau como uma pequena cachoeira. Gozou automaticamente. Riu. Guardou o pau pra dentro da calça. Levantou-se. Foi embora caminhando alegre.

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